Uma reunião da Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Câmara de Vereadores de Santa Maria resultou em um debate acalourado e em versões diferentes sobre o mesmo fato. Ainda na manhã da última terça-feira, os parlamentares que integram a comissão tinham como pauta a análise da peça orçamentária do Executivo municipal para 2022, que está projetado em R$ 972,5 milhões.
Durante os trabalhos rotineiros, que observava o cumprimento das chamadas emendas impositivas por parte dos vereadores, os parlamentares Roberta Leitão (PP) e Ricardo Blattes (PT) tiveram um desentendimento e a progressista acabou desmaiando. Ao CDN Entrevista, Roberta relatou que, naqule momento, ela já apresentava sinais de falta de ar. Em função disso, ela falou aos colegas - já que a reunião ocorre com número reduzido de participantes - que estava com um quadro de bronquite e pediu permissão aos colegas que sentassem longe dela para ela tirar a máscara. Isso porque, segundo a vereadora, sem o artefato ela conseguiria respirar melhor.
- Não houve oposição de ninguém. Eu disse aos vereadores que estava já há dias com crise respiratória. Logo, então, chegou o vereador Blattes e ele teria ficado contrariado e que todos deveriam estar de máscara. Eu não ouvi. Até que ele jogou todas as coisas em cima da mesa e me chamou de "um leitão não vacinado, negacionista, hipócrita que envergonhava a Câmara e colocava a vida de todos em risco. Isso não dá para aceitar. Eu passei mal e acabei indo para o hospital _ relatou Roberta, que é presidente da COF.
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Ao CDN Entrevista, Ricardo Blattes, que é vice-presidente da comissão, deu a versão dele dos fatos. Ele relatou a situação como algo "constrangedor" a ele e à Casa. Para o petista, a conduta da colega é vexatória e acaba por expor negativamente a imagem do Legislativo. Blattes afirma que a postura da colega é afrontosa e deixa a todos expostos tanto aos vereadores quanto ao público que comparece nas galerias do Plenário da Câmara:
- Esse problema não é de agora. A vereadora Roberta Leitão é uma negacionista assumida. Ela não só critica a vacina, como não toma a vacina e se nega a seguir os protocolos que são seguidos no mundo inteiro. E, em especial a mim, é uma situação muito constrangedora. Eu sento próximo dela e, durante as sessões, ela não cumpre com as regras de etiqueta de colocar a mão ao tossir. Ela é provocativa. Não há razoabilidade para esse tipo de atitude. Houve, de parte a parte, uma áspera discussão. Foi o que aconteceu.
Para esta sexta-feira, a COF realizará uma audiência pública para tratar da peça orçamentária do Executivo municipal para 2022.
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